quinta-feira, 27 de novembro de 2008

DCE terá que pagar R$ 14 mil à UFMS

O Diretório Central dos Estudantes terá que ressarcir o valor de R$14 mil à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. De acordo com a notificação nº241/2008, enviado pelo Pró-Reitor de Administração da universidade, Sebastião Luiz de Mello.

O valor é referente ao processo de sindicância nº 23104.009711/2008-66 presidida pelo Professor Amâncio Rodrigues, em que os estudantes são acusados de causarem danos ao patrimônio da universidade. durante a ocupação da reitoria, no mês de agosto durante o processo de escolha do novo reitor.

Os estudantes dizem que não tiveram acesso a todos os documentos da sindicância, apenas prestaram depoimentos sobre a responsabilidade na ocupação do segundo piso da reitoria. Eles deverão procurar a Polícia Federal para conseguir a cópia do laudo final da perícia realizada no momento da desocupação do prédio.

Além dos processos de sindicância e administrativo, os estudantes que apoiaram a ocupação estão sofrendo todos os tipos de perseguição. Eles perderam estágios da instituição, receberam ofensas até mesmo ameaças de morte por parte de professores integrantes do conselho universitário e compõem processos como depoentes ou integrantes dessas comissões de inquérito.

Perseguição

Após o término da ocupação o núcleo de informática da UFMS(NIN) tirou do ar o site do DCE (www.dce.ufms.br) que era hospedado no servidor da universidade, e neste mês a Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis, Sandra Denadai retirou os móveis cedidos há anos à entidade representativa do estudantes.

sábado, 15 de novembro de 2008

E vai nascer uma nova UnB?




" Reocupação da Reitoria": momento em que estudantes ocupam todo o prédio


Em abril desse ano, após 15 dias de ocupação da reitoria, os estudantes da UnB conseguiram um feito histórico: derrubaram toda uma gestão que está sendo acusada de corrupção. Junto com isso, no dia 13 de junho, foi conquistada a paridade (1/3 para cada segmento) nas eleições para a escolha do próximo reitor da instituição. E bem verdade que ela foi a chamada paridade potencial, ou seja, os 33,3% só são conseguidos se todos os integrantes de um segmento votarem, cerca de 25mil no caso dos estudantes.

Apesar de não ter sido a paridade desejada (que foi chamada de paridade real), os estudantes foram decisivos na escolha do novo reitor, nos dias 24 e 25 de setembro. Enquanto os professores e técnicos administrativos ficaram mais divididos, cerca de 70% dos estudantes que votaram no segundo turno (de um total de 8mil) escolheram o Prof. José Geraldo como reitor. Caso a eleição tivesse sido no antigo sistema, o 70-15-15, o Prof. Márcio Pimentel seria o vencedor.

Após a divulgação do resultado, ressurgiu nas comemorações um grito que também marcou a ocupação da reitoria: “E vai nascer, e vai nascer uma nova UnB!” A pergunta e reflexão que eu coloco é a seguinte: a eleição de José Geraldo garante o nascimento de uma nova UnB? A minha resposta é que não. Uma nova UnB pode e deve ser gestada no período em que José Geraldo for reitor, mas isso dependerá muito mais da mobilização, em especial dos estudantes, do que da vontade da nova administração.

Um dos compromissos assumidos pelos vencedores do pleito é a realização de um Congresso Estatuinte Paritário. A sua realização e a sua disputa serão fundamentais para que, de fato, nasça uma nova UnB. É nele que poderão ser realizadas as mudanças nas estruturas decisórias da Universidade. E é exatamente por iosso que o Movimento Estudantil deve debater com (e mobilizar) a sua base.

Assim, para que uma nova UnB nasça é necessário que o Movimento Estudantil da Universidade atue com unidade para garantir a existência de, no mínimo, conselhos paritários. E que, em âmbito nacional, o Movimento Estudantil promova intensas mobilizações a fim de revogar os artigos da lei que ferem a Autonomia Universitária ao exigir que os conselhos superiores sejam compostos por pelo menos 70% de professores. Pois, só com a mudança na estrutura de decisão é que podemos dizer que nasceu uma nova UnB e, junto com ela, um novo modelo de gestão universitária.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Contra humilhação se faz Ocupação!!!

Estudantes ocupam reitoria da Universidade Federal de Sergipe desde a tarde do dia 30 de outubro. Com o apoio de estudantes do Campus de São Cristóvão e entidades sindicais ligadas à Conlutas, os residentes realizaram ato público durante todo o dia. Eles saíram em cortejo pelo centro de Laranjeiras e em seguida se dirigiram à reitoria da UFS, sediada em São Cristóvão, para entregar uma carta com suas reivindicações.

Além de reivindicar o afastamento imediato da coordenadora de assistência estudantil, Neilza Barreto, por promover assédio moral contra os estudantes daquele campus, a extensa pauta de reivindicações inclui também: a melhoria das condições da assistência estudantil, como a criação de residência fixa no campus, construção de um restaurante universitário, expansão da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PROEST) para Laranjeiras, dentre outros.

Os manifestantes se reuniram com o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Arivaldo Montalvão e a própria Neilza Barreto durante mais de duas horas. Os principais pontos da pauta de reivindicações não foram atendidos. Foi assegurado, apenas verbalmente, o pagamento dos valores das bolsas trabalho que estavam atrasadas há três meses.

Insatisfeitos com o descaso dos representantes da reitoria, eles resolveram ocupar a sala Coordenação de Assistência ao Estudante (CODAE) e permanecerão por lá até que sejam atendidas todas as reivindicações.

Nesta sexta-feira, 31 de outubro, às 16h, será realizada uma assembléia geral extraordinária com todos os estudantes do campus São Cristóvão. A assembléia tem o objetivo de encaminhar um posicionamento oficial em apoio aos estudantes de Laranjeiras, além de esclarecer para toda a comunidade acadêmica a situação dos residentes. Na ocasião, também serão definidos os rumos da recente movimentação.

Blog: http://ocupacaoufs.blogspot.com/