quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Estudantes ocupam reitoria da UFMS

Cerca de cem alunos ocupam a reitoria da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) desde a última quinta-feira (7). Os estudantes reinvindicam a paridade de voto na escolha do novo reitor, que está marcada para o próximo dia 25.

"Queremos democracia na universidade", diz Cauan Cabral, 21, aluno do 2º ano de ciências da computação e representante discente. Os alunos reividicam igualdade de peso nos votos dos estudantes, funcionários e professores na indicação de candidatos ao MEC (Ministério da Educação).

Hoje, os votos dos docentes valem mais: representam 70% na formação da lista tríplice que segue para escolha do MEC.

O estudante afirma que os manifestantes não tem data para sair. "Só desocupamos com a garantia de paridade na escolha e nos conselhos", diz.

Constam ainda na pauta de reivindicações dos estudantes ativação do restaurante universitário, construção de moradia estudantil e melhoras na infra-estrutura da universidade, além da contratação de novos professores.

Em relação ao último item, o reitor da UFMS, Manoel Peró, anunciou mudanças nesta quarta (13). Vinte e três novos professores tomaram posse e o reitor anunciou a autorização do MEC para concurso público que vai contratar 120 novos docentes.

"A notícia é bem-vinda, mas queremos acompanhar a distribuição desses professores pela universidades, para que não haja cursos privilegiados", conta Cabral.

A reportagem do UOL Educação procurou a reitoria, mas não obteve resposta até 19h.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia companheiros,

Gostaria de iniciar meu comentário citando uma linda frase de um grande cúmplice da causa social, Ernesto Che Guevara, dizia ele: "(...) a universidade deve ser flexível... deve se pintar de negro, de índio, operário e camponês. Ou então ficar sem portas; para que o povo possa invadi-la e pintá-la com as cores que ele quiser".

Partindo desta premissa, parabenizo e conclamo mais estudantes a participar desta iniciativa intentada pelos acadêmicos da referida instituição de ensino. Além disso, reitero e parafraseio as palavras de Che e digo: Se a UFMS não abrir as portas para uma discussão saudável da política estudantil, que se faça por meio do suor e do sangue de vocês, homens e mulheres, que se lançam a busca de dias melhores na educação.

E por fim, deixo aqui relatos do que um dia foi à ditadura estudantil na Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, onde não se podia votar igualmente, havia taxas até para ir ao banheiro e cotas era algo para o terceiro mundo, menos para o Brasil. Contudo, eles (o Estado, por intermédio dos administradores da instituição) não contavam com a mobilização dos estudantes e nos anos de 2001/2003 todas estas aberrações da natureza na política estudantil foram extirpadas do processo eleitoral daquela instituição, mas isso não foi da noite para o dia, precisou manifestar da mesma forma que vocês hoje fazem aí na UFMS. Naquela época e atualmente a UNEMAT é uma das únicas universidades públicas com um processo eleitoral e o ensino mais público e democrático do Brasil e, que isso sirva de exemplo para esta empreitada de vocês.

Com carinho:
Belgrano Anacleto de Souza
(Bacharel em Direito pela Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Bacharelando em Teologia, Pós-graduando em Direito Público e Funcionário Público do Estado de Mato Grosso).

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